SONETO DO CASTELO DOURADO
Encontrei um castelo dourado,
Altaneiro, lindo e reluzente,
Nas páginas do meu fado,
Ao folheá-las, indigente.
Resolvi entabular conversa
Com a alegoria fulgurante.
Ela estendeu um tapete persa
E disse-me, em voz de quiromante:
- Eu sou o teu sonho sempiterno,
Desde o início dos tempos te espero.
Entra: estão prontos os aposentos!
- Não sei se és o céu ou o inferno,
Só sei que o que eu mesmo quero
É morar em ti em todos os momentos...
Mito, 23-08-2000
1 comentário:
É inquietante sentir tão forte vontade de sonhar eternamente...
Ás vezes é mais fácil estender as inquietações na mais comum horizontalidade da noite do que caminhar na verticalidade dos dias numa existência incerta.
Muito interessante Sr. Mito!
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