
O relógio da modernidade não pára. É necessário apanhar freneticamente o comboio das novas tecnologias. A urgência da actualização é premente. Temos de acompanhar a mudança constante e estar prontos para a novidade. Deve ser por isso que o Ministério da Educação nos propõe manuais escolares válidos para seis anos.
Daqui a seis anos, não sei como vai ser o mundo, mas sei que vai ser muito diferente do de hoje. Façam um simples exercício e revejam as páginas dos jornais de há meia dúzia de anos, ou folheiem os manuais escolares do mesmo período histórico… Imagine-se os manuais de Informática ou de Geografia, por exemplo… Ou mesmo os de línguas, que normalmente fazem uso da informação dos media… Esta areia para os olhos dos Encarregados de Educação nem parece resistir a uma análise minimamente racional.
Bom, pelo menos um aspecto positivo poderia ter tal medida: pressupõe-se que os programas durariam esse mesmo tempo, o que seria um verdadeiro record nas duas últimas décadas. A ver vamos!