
Ao que parece, quanto mais aguda se torna a nossa percepção do imediato e da sucessão de instantâneos, mais débil se torna a nossa capacidade de retenção. Por outras palavras, estará o homem a perder a memória? Não é verdade que as funções não exercitadas se poderão extinguir ou embotar? E se os mecanismos da memória estão inter-relacionados com as emoções, não será plausível admitir que este anterremedo de Cyborg em que nos transformámos as vai substituindo gradualmente por sensações? Sim, cada vez mais vivemos sensações em vez de emoções! Estará, a prazo, a memória em risco? E, com ela, a nossa identidade? Ou estaremos, apenas, à beira dum salto antropológico?
Sem comentários:
Enviar um comentário