terça-feira, novembro 01, 2005

Eu não acredito em bruxas, pero que las hay, las hay

Por mais inócua que possa parecer a adopção de tradições alheias, parece-me de péssimo gosto esta palhaçada do Halloween. Por um motivo muito simples, trata-se da véspera de um dia em que cada um visita e fala com os seus mortos, do dia de todos os santos e de todos os mortos. (Ficam os outros trezentos e sessenta e quatro para todos os vivos, enquanto pensam que ainda não estão todos mortos).
Irritante é ouvir ainda os ecos do dia anterior, de um corrupio folclórico de bruxinhas, vassouras e morcegos, de abóboras de interior bruxuleante, enfim, de uma atmosfera ludo-comercial de imbecilização das massas.

Febris de internacionalização, enfermos de postiça globalização, cá vamos andando à procura de máscaras que nos sirvam.

1 comentário:

Graça disse...

Ora seja muito bem-regressado à blogosfera!
Vejo que a pontaria continua certeira, apesar dos muitos alvos em movimento. Votos de boas caçadas!