quarta-feira, julho 12, 2006

Sempre o mar


Sempre o mar. Hoje voltei a ficar três horas na orla do espumaço, ao alcance de toda a fúria das ondas. Enfrentei a força da corrente e exultei com os salpicos violentos de sal. Enterrei-me na areia até ao joelho ao saltar dos rochedos. Ouvi a voz majestosa e tonitruante de Neptuno, oficiei ao som dos bramidos, enquanto os raios de sol poente douravam a minha auréola.
Ali me reencontrei, eu que sou de um signo Terra, mas nunca consegui viver longe do Atlântico.
Saudades do pai?

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